STJ
nega pedido para que Elize Matsunaga responda em liberdade
Prisão foi fundamentada
na manutenção da ordem pública, alegou ministro.
Bacharel em direito é acusada pela morte do empresário Marcos Matsunaga.
Bacharel em direito é acusada pela morte do empresário Marcos Matsunaga.
Do G1 São
Paulo
A defesa
de Elize Araújo Kitano Matsunaga teve pedido de habeas corpus negado pelo
Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta quarta-feira (7), para que ela
pudesse responder processo de homicídio qualificado em liberdade. Ela é acusada
pela morte e esquartejamento do empresário Marcos Matsunaga, com quem era
casada. O crime ocorreu em maio de 2012, na Zona Oeste de São Paulo. O G1 não conseguiu entrar em contato com
o advogado de Elize, Luciano Santoro, para comentar o assunto.
No pedido
de habeas corpus, a defesa alegou constrangimento ilegal por falta de
fundamentação idônea para a manutenção da custódia cautelar. Além disso,
argumentou que a gravidade do delito não serve, por si só, como motivo para a
manutenção da prisão cautelar, já que ela é primária, de bons antecedentes,
possui residência fixa e colocou-se à disposição do juízo para comparecer a
todos os atos do processo, sempre que intimada.
O
ministro do STJ, Jorge Mussi, por sua vez, considerou que a ordem de prisão
preventiva foi devidamente fundamentada na manutenção da ordem pública e na garantia
da aplicação da lei penal, conforme jurisprudência do STJ. Para ele, a
gravidade e a circunstância em que ocorreu o crime também colaboram para a
manutenção da prisão.
A
bacharel em direito Elize Matsunaga confessou ter baleado o marido na cabeça, após
uma discussão, esquartejado o corpo e jogado as partes em diversos pontos da
Grande São Paulo. Atualmente, Elize aguarda presa seu eventual julgamento.
O laudo
da exumação do corpo de Marcos, divulgado com exclusividade pelo G1, em abril, foi inconclusivo sobre o
instante em que o executivo foi morto. A única certeza do documento é de que o
disparo foi feito a uma distância de 40 centímetros. As dúvidas sobre o
restante do seu teor levam a distintas interpretações.
Para o
Ministério Público, por exemplo, o exame indica que Marcos foi morto com
crueldade: ainda estaria vivo enquanto era esquartejado. Os defensores da ré
dão outra versão sobre o documento: ele morreu logo após o disparo.
No
entendimento da acusação, Elize premeditou o crime, queria o dinheiro do seguro
de vida e da herança de Marcos, e atirou nele e o decapitou quando ele ainda
estava vivo. A defesa discorda, alega que Elize só atirou porque foi agredida
por Marcos quando descobriu que era traída pelo marido.
Exumação
A exumação no corpo de Marcos foi realizada no dia 12 de março por determinação da Justiça, após pedido feito pela defesa de Elize para uma nova perícia no cadáver. Os advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio haviam solicitado o novo exame para a Polícia Técnico-Científica determinar o momento exato da morte. Os denfensores contestavam o laudo anterior, do Instituto Médico-Legal (IML), que informava que Marcos ainda estava vivo quando foi decapitado.
Exumação
A exumação no corpo de Marcos foi realizada no dia 12 de março por determinação da Justiça, após pedido feito pela defesa de Elize para uma nova perícia no cadáver. Os advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio haviam solicitado o novo exame para a Polícia Técnico-Científica determinar o momento exato da morte. Os denfensores contestavam o laudo anterior, do Instituto Médico-Legal (IML), que informava que Marcos ainda estava vivo quando foi decapitado.
Esse
documento da exumação, no entanto, continua repleto de informações
contraditórias, que deixam dúvidas quanto ao instante em que o empresário foi
morto. Informou, por exemplo, que o executivo ficou inconsciente após o
disparo, mas não determinou se ele estava vivo durante o esquartejamento.
O laudo
da exumação tinha informado ainda que o avançado estado de putrefação do corpo
comprometeu avaliações de quesitos que apontariam se ele apresentava reações
vitais ao ser esquartejado. Apesar disso, exame microscópico realizado pelo
Núcleo de Anatomia Patológica do IML, anexado ao mesmo laudo, não encontrou
sinais vitais nas cinco amostras do cadáver analisadas.
Crime
Marcos Matsunaga foi morto e esquartejado no dia 19 de maio de 2012, aos 42 anos. Ele era sócio da empresa alimentícia Yoki. Elize, atualmente com 31 anos, está presa na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. A filha do casal está sob a guarda dos avós paternos. Desde que foi presa a ré não pôde ver a criança.
Marcos Matsunaga foi morto e esquartejado no dia 19 de maio de 2012, aos 42 anos. Ele era sócio da empresa alimentícia Yoki. Elize, atualmente com 31 anos, está presa na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. A filha do casal está sob a guarda dos avós paternos. Desde que foi presa a ré não pôde ver a criança.
De acordo
com a bacharel, o esquartejamento ocorreu no quarto de hóspedes da cobertura do
prédio onde o casal morava com a filha na capital paulista. Após cortar o
corpo, os pedaços foram colocados em três malas, jogadas em Cotia, na Grande
São Paulo. As partes foram encontradas sem as malas, embaladas em sacos
plásticos.
Os
defensores de Elize contestam o meio cruel. Alegam que sua cliente só esquartejou
Marcos após matá-lo com um disparo. Eles defendem que esse tiro foi dado a
esmo, depois de uma discussão em que a acusada teria sido agredida. Ela tinha
descoberto fazia pouco tempo que Marcos a traía com uma garota de programa.
Elize
também é acusada de ocultação de cadáver, por ter abandonado os membros, o
tronco e a cabeça do marido em pontos diferentes da Estrada dos Pires, na
Grande São Paulo. A Polícia Civil ainda investiga se ela teve a ajuda de outra
pessoa para cometer o crime. Exame de DNA mostrou sangue de outro homem no
quarto de Marcos.
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