Um
exemplo que vale a pena conhecer:
Em três anos, o número de delitos em Nova Iorque foi reduzido à metade. O
índice de homicídios é o menor dos últimos 30 anos. Para isso, foi utilizada
a teoria das janelas quebradas: resolver os problemas enquanto ainda são
pequenos.
Dois
criminologistas da Universidade de Harvard, James Wilson e George Kelling,
publicaram a teoria das "janelas quebradas" em The Atlantic, em
março de 1982. A teoria baseia-se num experimento realizado por Philip
Zimbardo, psicólogo da Universidade de Stanford, com um automóvel deixado em
um bairro de classe alta de Palo Alto (Califórnia). Durante a primeira semana
de teste, o carro não foi danificado. Porém, após o pesquisador quebrar uma
das janelas, o carro foi completamente destroçado e roubado por grupos
vândalos, em poucas horas.
De
acordo com os autores, caso se quebre uma janela de um edifício e não haja
imediato conserto, logo todas as outras serão quebradas. Algo semelhante
ocorre com a delinqüencia.
A
teoria começou a ser aplicada em Boston, onde Kelling, assessor da polícia
local, recebeu a incumbência de reduzir a criminalidade no metrô - um
problema que afastava muitos passageiros, gerando um prejuízo de milhões de
dólares. Contudo, o programa não chegou a ser concluído por causa de uma
redução orçamentária.
Em
1990, Kelling e Wilson Bratton, foram destinados a Nova Iorque e começaram a
trabalhar novamente. O metrô foi o primeiro laboratório para provar que, se
"arrumassem as janelas quebradas", a delinqüencia seria reduzida. A
polícia começou a combater os delitos menores. Aqueles que entravam sem
pagar, urinavam ou ingeriam bebidas alcoólicas em público, mendigavam de
forma agressiva ou que pichavam as paredes e trens eram detidos, fichados e
interrogados. As pichações eram apagadas na hora, e os "artistas"
não podiam admirá-las por muito tempo.
Após
vários meses de campanha, a delinqüencia no metrô foi reduzida em 75% e
continuou caindo de ano para ano. Após o sucesso no metrô e nos parques,
foram aplicados os mesmos princípios em outros lugares e em outras cidades.
Não se afirma que os resultados obtidos sejam exclusivos destas medidas, mas
a experiência de Nova Iorque repercutiu em todo o país.
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