terça-feira, 27 de março de 2012

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CNJ ADIA DECISÃO SOBRE A FICHA LIMPA



CNJ adia decisão sobre ficha limpa no 




Judiciário

Proposta exige ficha limpa de funcionários comissionados e de terceirizados.
Análise do caso foi adiada em razão de pedido de vista de conselheiro.


Débora Santos
Do G1, em Brasília

Pedido de vista do conselheiro Fernando da Costa Tourinho Neto adiou nesta segunda-feira (26) a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a proposta de exigir, no âmbito do Judiciário, ficha limpa de funcionários comissionados, ocupantes de funções de confiança e funcionários terceirizados.
A proposta de uma nova resolução do CNJ foi apresentada pelo conselheiro Bruno Dantas e tem a intenção é estender para esses cargos as mesmas restrições impostas aos políticos pela Lei da Ficha Limpa para os casos de crimes relacionados à atividade pública. A norma proíbe a candidatura de pessoas condenadas por órgão colegiado.
Reunião do CNJ nesta segunda-feira (26) (Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil)Reunião do CNJ nesta segunda-feira (26) (Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil)
Antes da interrupção do julgamento, votaram a favor da aplicação da proposta o relator, Bruno Dantas, o conselheiro Jorge Hélio e Marcelo Nobre. Faltam as manifestações de 12 conselheiros. Caso seja aprovada, a regra será aplicada à Justiça Federal, Eleitoral, Justiça estadual, Militar e tribunais de contas.
Os conselheiros Silvio Rocha e Wellington Saraiva fizeram ressalvas em relação à proposta que proíbe manter, renovar ou prorrogar contrato de serviços com empresas terceirizadas que coloquem à disposição dos tribunais empregados "ficha suja".

"Se exigir dos terceirizados, criaríamos inviabilidade com esse programa do CNJ, que quer dar oportunidade aos egressos do sistema penitenciário", afirmou o conselheiro Silvio Rocha.
Para eles, esse tipo de exigência contraria a intenção do programa Começar de novo, do CNJ, que busca apoiar a reinserção de pessoas condenadas.
"Acho que o nosso papel é pedagógico. Não apenas estamos em sintonia com a população. Além disso, não estamos a demagogizar uma questão delicada", argumentou Jorge Hélio.
O vice-presidente do CNJ, ministro Ayres Britto, manifestou apoio à proposta, mas afirmou que precisaria refletir melhor sobre a fundamentação legal das novas regras. Segundo ele, a liberdade de nomear para cargos de confiança e comissionados é "restrita".
"O administrador é livre para nomear sem o concurso. Mas não é livre autoridade para nomear qualquer um que tenha um biografia contraindicada para o serviço publico porque permeada de um passivo penal avultado", disse Britto. O ministro lembrou que o CNJ foi o primeiro órgão a proibir o nepotismo, norma mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"Esse exemplo vai estimular que o Executivo passe a adotar isso como uma regra de estado importante para a proteção da sociedade", disse o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalvante.
Também foi retirada da proposta inicial, por sugestão do relator, a previsão de que os tribunais enviassem ao Legislativos dos estados propostas de lei para que a exigência de ficha limpa fosse estendida a servidores e magistrados concursados.

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